Tecnologia e nostalgia se unem para encantar em ‘O Rei Leão’, conta leitora
O pitaco de hoje é da leitora Cecília Brazil, de 28 anos, que trabalha na área de marketing digital. Ela assistiu ao live-action de “O Rei Leão”, que entrou em cartaz nos cinemas de todo o país na última quinta (18/7), e gostou do que viu –principalmente pela nostalgia que o filme traz para quem era criança na época.
Mas Cecília adverte: cuidado com a fila na hora de comprar os ingressos! Confira abaixo, e saiba em quais salas de cinema assistir a “O Rei Leão” em São Paulo aqui.
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Após um pequeno drama com o ingresso (pois deixei para comprar na hora e precisei esperar três horas para ver o filme em um cinema de São Paulo), tive uma grata surpresa ao assistir o remake de “O Rei Leão”, fiel ao original, mas com uma inovação tecnológica surpreendente. Chega a parecer um documentário, de tão realista.
Claro que o fato de remeter à infância –para quem já tem idade suficiente para ter visto o original no cinema ou em fita de vídeo– é uma receita quase infalível. Na minha singela opinião, estamos tão absortos no imediatismo que esses deleites nostálgicos, que nos fazendo lembrar os “tempos de criança”, são um acalanto para o espírito.
“O Rei Leão” traz essa experiência incrível. Prova disso é que a sala do cinema estava lotada, e escutava-se o murmurinho de quem acompanhava as canções gravadas na memória da geração Y e cativantes para a Z (aui-mauê-aui-mauê…), mas com letras adaptadas ao presente.
Com uma comédia saudável e o que chamam de “politicamente correto”, acompanhamos o filhote Simba em sua jornada de crescimento e amadurecimento. É claro que o filme não vai agradar a todos; há, por exemplo, mais tempo do que a primeira produção, cenas de pura enrolação e algumas renovações nos personagens –como o vilão Scar, que se mostra mais sério, diria até menos ardiloso que o original.
As hienas, por sua vez, parecem mais assustadoras, e os idolatrados Timão e Pumba, que roubam a cena com humor, autenticidade, coragem e um tantinho de bobeira, fazem uma mistura que funciona muito bem nas animações (vemos a mesma receita em vários filmes de sucesso).
Os tutores de Simba ironizam o romance entre ele e Nala, mas abraçam a causa que ela traz sem dubitação. Já em Simba vemos a mesma personalidade do filme original: parece um tanto arrogante e egoísta até a reviravolta do retorno ao lar, impulsionado por uma Nala mais valente e empoderada.
Apesar de desviar o foco do romance entre Nala e Simba, ele acontece de forma leve e bonita –afinal a Disney não quer mais “problemas” com mensagens subliminares.
Gostei muito da forma como a produção consegue manter a fidelidade ao original que foi visto em nossa infância, sem deixar de marcar a nova geração com suas lições altruístas e de fácil compreensão. Isso tudo somado a uma realidade virtual pioneira, que encanta facilmente.
Como dica, recomendo a compra antecipada dos ingressos pela internet, para evitar as filas gigantescas e perda de tempo com a espera (como a que eu tive, por puro descuido). E aí, bora pro cinema?
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